Questão nº 7:

Um paciente de 36 anos de idade, masculino, procura a Unidade de Saúde da Família com queixa de dor lombar baixa, há 10 dias, irradiada para face posterior da coxa, de moderada intensidade, mas que tem interferido no seu trabalho. Refere que a dor teve início após ter carregado peso durante a mudança de casa. O paciente relata que já apresentou episódios semelhantes anteriormente e que têm se tornado mais frequentes. Ao exame físico, o médico identifica uma banda muscular tensa em região glútea, com a presença de pontos-gatilho, que, quando pressionados, reproduziam a dor referida pelo paciente.

Diante da situação apresentada, é correto afirmar que:

  1. o paciente deve ser referenciado ao ortopedista para a avaliação cirúrgica de uma provável hérnia de disco.
  2. o paciente deve ser referenciado ao acupunturista do NASF para ser avaliado, acompanhado e tratado.
  3. o médico de família pode, em conjunto com o acupunturista do NASF, elaborar um plano terapêutico para o paciente.
  4. o médico de família deve prescrever relaxantes musculares, pois o agulhamento seco deve ser realizado pelo acupunturista do NASF.

A questão nos mostra um paciente que, após realizar esforço físico há 10 dias, apresenta fortes dores na região lombar, com irradiação para a porção posterior da coxa. Ao realizar o exame físico, o médico observa uma banda muscular tensa em região glútea que, quando pressionada, reproduz a dor sentida pelo paciente. Diante dessas informações fica fácil sabermos que estamos diante de um quadro de lombalgia as custas de dor muscular.

Mas e agora? Como devemos proceder em uma USF?

Para conseguir realizar essa questão, o aluno deverá saber o mínimo sobre a Equipe de Saúde da Família (eSF) e Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF). Dito isso, vamos elucidar essa questão para vocês!

A eSF é composta, obrigatoriamente, por um médico (preferencialmente Médico de Família e Comunidade), enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e agente comunitário de saúde. A eSF é a estratégia prioritária na atenção básica!

A NASF atua de forma complementar a atenção primária, e ela consta com o apoio de várias outras especialidades médicas (incluindo acupunturista) e outros profissionais de saúde.

Sabendo dessas informações fica fácil responder à questão não é mesmo?

Como a estratégia prioritária é baseada na atuação da eSF, o médico da família poderá, em conjunto com o acupunturista, elaborar um plano terapêutico para o paciente. Note que a parceria entre a eSF e o NASF não é obrigatório, uma vez que o Núcleo Ampliado de Saúde da Família atua de forma complementar. Sendo assim, a alternativa correta é a letra “C”.

Mas porquê as demais alternativas estão erradas?

A alternativa “A” está incorreta, uma vez que o encaminhamento ao ortopedista somente deve ser realizado na presença de sinais de alarme. A irradiação para a porção posterior da coxa não justifica o referenciamento ao especialista.

A alternativa “B” está incorreta, pois o NASF funciona de forma complementar a eSF. Dessa forma não se realiza o encaminhamento para a NASF.

A alternativa “D” não está errada, mas a alternativa “C” está mais correta.

Questão nº 12:

Promulgada em 2017, a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB) estabelece que a Territorialização e Adstrição da Clientela permitem o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com foco em um território específico. A organização da Estratégia da Saúde da Família está baseada no preceito de responsabilidade sanitária sobre a população do território definido.

Nesse sentido, é correto afirmar que:

  1. a atualização dos dados de condições socioeconômicas das famílias é feita no sistema de informação de agravos de notificação, de forma contínua, e sob responsabilidade dos ACS.
  2. a delimitação da população adscrita da equipe, processo realizado por todos os membros da equipe, obedece estritamente aos limites geográficos e administrativos dos bairros de grandes cidades.
  3. o processo de territorialização finaliza com o cadastramento das famílias da área e é uma atribuição dos agentes comunitários.
  4. a territorialização tem início com a definição do território, área e microárea, seguida pelo cadastramento de famílias, que é uma responsabilidade de toda a equipe.

De acordo com a PNAB (2017) a atuação da atenção básica segue um fluxograma que se inicia na implantação do serviço de saúde, passa pela adscrição dos usuários, e vai até o acolhimento dos mesmos.

Para respondermos essa questão devemos ter mente dois conceitos: A) Territorialização e, B) De quem é a responsabilidade de realizar o cadastramento dos usuários?

Para que ocorra a implantação do serviço de saúde, uma região/território deve ser identificado. Entretanto, quando falamos de atenção básica de saúde, o conceito territorialização é o mais importante. Tal conceito refere-se que não devemos avaliar o território somente como um local físico, mas observarmos também as interações sociais, os aspectos socioeconômicos, epidemiológicos, entre outros.

Além disso, necessitamos saber: “De quem é a responsabilidade de realizar o cadastramento e manter atualizado os dados dos antigos usuários?”

Resposta simples…Essa é uma atribuição comum a todos os membros das equipes que atuam na atenção básica!

Dessa maneira, vamos as alternativas:

A alternativa A está incorreta, uma vez que a responsabilidade da atualização dos dados socioeconômicos não é realizada no sistema de informação de agravos de notificação e não são somente os agentes comunitários de saúde que devem fazê-lo.

A alternativa B também está incorreta, visto que a delimitação da população adscrita NÃO obedece aos limites geográficos e administrativos dos bairros de grandes cidades. O fator de maior atuação nesse quesito é a vulnerabilidade da população em questão.

A alternativa C também está incorreta, pois já vimos que a adscrição dos usuários não é responsabilidade única dos agentes comunitários de saúde.

E por fim, a alternativa D é a correta! A territorialização tem início com a definição do território, área e microárea, seguida pelo cadastramento de famílias, que é uma responsabilidade de toda a equipe.

Questão nº 14:

Paciente masculino, 50 anos, notou aparecimento de nódulo endurecido em fossa supraclavicular esquerda. Foi realizada biópsia que evidenciou linfonodo metastático de adenocarcinoma de provável origem gastrointestinal. Realizou endoscopia digestiva alta que mostrou lesão gástrica compatível com linite plástica. A biópsia teve como resultado histopatológico adenocarcinoma gástrico pouco diferenciado. Os familiares agendaram consulta com o cirurgião, informando ao a ele que o paciente não tem conhecimento dos resultados desses exames.

Como o cirurgião deve abordar o paciente e/ou seus familiares?

  1. Manter apenas os familiares informados sobre o diagnóstico, pois, tais informações, além de não mudarem o prognóstico do paciente, podem desencadear quadro depressivo em um momento no qual ele deverá se manter otimista para lidar com sua doença. É conhecido o fato de que pacientes deprimidos têm menor sobrevida relacionada ao câncer.
  2. Preparar o local e o momento adequados, perguntar ao paciente o que ele sabe e/ou percebe acerca de sua condição atual, perguntar ao paciente se ele deseja saber sobre o diagnóstico ou se prefere que seja comunicado a sua família em um primeiro momento. Caso deseje saber, o médico deve informar e acolher as reações do paciente.
  3. Informar que, pelo fato de o paciente já possuir metástase à distância, nada pode ser feito do ponto de vista terapêutico. Informar que o paciente tem, baseado em dados estatísticos, cerca de 6 meses de vida. Tal informação é de suma importância para que o paciente possa tomar medidas legais acerca de seu falecimento.
  4. Dizer inicialmente para o paciente que existem chances reais de cura no intuito de o manter engajado e otimista. Revelar ao paciente sobre seu prognóstico somente quando este vier apresentar sinais e/ou sintomas relacionados ao estágio avançado da doença. Quanto maior o período sem o paciente saber de sua doença, menor será o sofrimento.

Questão interessante de preventiva a respeito da abordagem médico/paciente/familiares.

O protocolo SPIKES consiste em uma ferramenta composta de 6 etapas para transmitir más notícias aos pacientes da forma mais humana possível.

Etapa 1: Planejando a entrevista (Ssetting up the interview): O médico planeja como contar a má notícia ao paciente e como responder às reações emocionais dele. O local da entrevista também precisa ser planejado. Deve-se buscar privacidade e evitar interrupções.

Etapa 2: Avaliando a percepção do paciente (P – perception): Através de perguntas, o médico tenta perceber o quanto o paciente compreende seu estado atual.

Etapa 3: Obtendo o convite do paciente (I – invitation): Enquanto muitos pacientes mostram desejo de obter informações detalhadas sobre sua doença, seu tratamento e sua evolução, alguns preferem não saber. Desse modo, é fundamental que o médico saiba disso. Se o paciente, num primeiro momento, optar por não saber detalhes, o médico deve se colocar à disposição para esclarecer dúvidas futuras ou para conversar com um familiar.

Etapa 4: Dando conhecimento e informação ao paciente (K – knowledge): Caso o paciente queira saber a respeito do seu estado atual, o médico deverá informa-lo de forma clara e compreensível, utilizando linguajar de fácil compreensão. Frases como “Não há mais nada que possa ser feito” não devem ser utilizadas de jeito nenhum.

Etapa 5: Abordar as emoções dos pacientes com respostas afetivas (E – emotions): O médico deve lidar com as diversas reações que o paciente possa expressar naquele momento. É fundamental dar ao indivíduo tempo para ele que se recomponha. O médico deve oferecer apoio e solidariedade através de um gesto ou uma frase de afetividade.

Etapa 6: Estratégia e resumo (S – strategy and summary): Antes de discutir a respeito sobre os planos terapêuticos, o médico deve investigar se o paciente está pronto para isso, fornecendo o tempo necessário para que isso ocorra.

Após elucidarmos os conceitos do protocolo SPIKES ficou muito mais fácil de responder não é mesmo?

Sendo assim, a alternativa correta é a letra “B”.

Questão nº 16:

Uma paciente, de 66 anos de idade, vem em consulta com médico de família e comunidade de uma equipe de Saúde da Família Fluvial, referindo estar preocupada com o controle de seu diabetes mellitus. Como a equipe ficou um longo período sem visitar a comunidade devido a condições climáticas desfavoráveis, a paciente refere ter associado o uso de algumas plantas medicinais aos medicamentos prescritos em última consulta. Ela informa que a curandeira da comunidade orientou quais chás ela deveria tomar. O médico, então, identifica que essas plantas medicinais não interagem com os medicamentos prescritos, nem pioram o diabetes ou causam risco à saúde; concorda com seu uso, reforçando a prescrição realizada por ele e solicita exames para a avaliação do controle do diabetes.

Diante do que foi apresentado, qual atributo da atenção primária é apresentado no caso?

  1. Longitudinalidade.
  2. Integralidade.
  3. Competência cultural.
  4. Orientação para a comunidade.

Para responder essa questão, você precisa dominar os princípios e diretrizes da atenção básica e os atributos derivados da APS.

A Longitudinalidade, como o nome já diz, refere-se à continuidade da relação de cuidado ao longo do tempo, de modo permanente, consistente, acompanhando efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida das pessoas.

A integralidade é o princípio que define o conjunto de serviços executados pela equipe de saúde que atendam às necessidades da população, localizada no território de uma Unidade de Saúde, nos campos do cuidado, da promoção e manutenção da saúde, da prevenção de doenças e agravos, da cura, da reabilitação, da redução de danos e dos cuidados paliativos.

A competência cultural está relacionada à capacidade da APS em conhecer e assimilar as características culturais da população, aprendendo a trabalhar com elas de modo a garantir a integralidade do cuidado e a universalidade do acesso.

A orientação comunitária auxilia a orientar o serviço de saúde, moldando a atuação de acordo com as necessidades da população.

E aí aluno Revalideii? Agora ficou muito mais fácil de responder não é mesmo?

Deste modo, a alternativa correta é a letra “C”.

Questão nº 20:

Uma equipe de saúde da família atua em uma unidade básica de saúde situada na zona periférica de uma cidade com mais de 800 000 habitantes. No último mês, foi evidenciado aumento no número de casos de diarreia entre crianças de 2 a 5 anos que frequentam a creche pública de um bairro. A equipe de saúde da família desse local analisa que, no último ano, têm sido recorrentes os casos de diarreia entre crianças da área, inclusive, em alguns casos, com necessidade de internação hospitalar. Dentre os casos, observam que eles se concentram naquelas famílias que não são da área de cobertura da equipe de saúde da família. No bairro onde se localiza a creche, 20% dos domicílios possuem abastecimento de água tratada, 10% com esgoto sanitário, sem coleta regular de lixo nos domicílios, sendo os esgotos e lixos acumulados das casas ou jogados no córrego, a céu aberto, que corta o bairro.

Em relação à situação acima descrita, assinale a alternativa correta em relação ao processo saúde-doença e os determinantes de saúde envolvidos no caso.

  1. O aumento no número de casos de diarreia na creche tem como principal fator a virulência da bactéria e, por se tratar de um caso recorrente, a equipe de saúde da família poderia atuar com medidas medicamentosas profiláticas direcionadas ao agente etiológico.
  2. A educação em saúde na creche, com os profissionais da educação e com a comunidade, teria papel importante na melhoria das condições sanitárias da comunidade; é uma estratégia suficiente para o combate de surtos.
  3. A falta de acesso aos serviços de saúde e de acompanhamento regular com a equipe de saúde da família é um fator associado ao desfecho desfavorável dos casos, com aumento de quadros graves de diarreia com necessidade de internação hospitalar.
  4. A adoção de medidas como uso de hipoclorito na água e de filtros nos bebedores escolares é a principal medida para combate à transmissão dos agentes etiológicos que cursam com quadros de diarreia, diminuindo assim a incidência de casos na creche.

A questão relata um aumento no número de casos de diarreia nas crianças que frequentam a creche publica em uma determinada localidade. Ao analisar o caso, a equipe de saúde da família observa que os mais afetados não são da área de cobertura da equipe. Além disso, o bairro onde vivem apresenta péssimas condições sanitárias.

Diante dessas informações, vamos as alternativas:

A alternativa “A” está incorreta. A principal causa de contaminação da população local é a má condição sanitária (água não tratada, esgoto a céu aberto, acumulo de lixo, etc), e não a virulência das bactérias como se refere na alternativa. O uso de medicamentos profiláticos também não tende a resolver a situação.

A alternativa “B” também está incorreta. A educação em saúde nas creches apresenta sim um papel importante na melhoria da condição de saúde da população, contudo, ela NÃO É SUFICIENTE! O tratamento sanitário é a principal medida na situação da questão.

A alternativa “C” é a correta! O acesso aos serviços de saúde e o acompanhamento regular com a equipe de saúde da família tem um papel fundamental na melhoria da saúde local. Diante de uma situação como a descrita na questão, cabe aos profissionais de saúde recomendarem uma maior ingestão de líquidos pelos pacientes, ingerirem alimentos leves e, se possível, utilizar um repositor de flora. Tais práticas diminuem nos desfechos desfavoráveis, minimizando as internações hospitalares.

A alternativa “D” está incorreta. O tratamento da água e o uso de filtros nos bebedouros da creche é uma medida a ser colocada em prática, contudo, ela NÃO É A PRINCIPAL MEDIDA PARA O COMBATE A TRANSMISSÃO! O tratamento sanitário é a principal ação a ser realizada na situação da questão.

Questão nº 29:

Em reunião de equipe da Estratégia de Saúde da Família, o médico expõe sua preocupação com o aumento no número de atendimentos de cuidadores de idosos, em virtude de problemas de saúde decorrentes de estresse físico e emocional. Sugere que seja realizada intervenção de apoio e suporte aos cuidadores e para isso propõe aplicar escala que tem por objetivo “avaliar a sobrecarga dos cuidadores de idosos”.

Trata-se da:

  1. Escala de Zarit.
  2. Escala de Barthel.
  3. Escala de Desempenho de Karnofsky.
  4. Escala de Avaliação Multidimensional do Idoso.

Questão decoreba no Revalida.

Lembre-se sempre disso aluno Revalideii, a escala que avalia a sobrecarga dos cuidadores de idosos é a “Escala de Zarit”. Sendo assim, a alternativa correta é a letra “A”.

Questão nº 35:

Um paciente masculino, 76 anos de idade, vem a consulta com clínica médica por apresentar dúvidas quanto à frequência com que deve realizar seu exame de próstata. O paciente diz ter feito o exame de PSA várias vezes ao longo dos últimos anos. Traz exame de 3 e de 4 anos atrás, com PSA = 0,8 ng/mL e 0,78 ng/mL, respectivamente.

Nesse caso, o paciente deve ser recomendado a:

  1. realizar exame de PSA a cada 5 anos.
  2. não realizar mais exame de PSA.
  3. realizar exame de toque retal anual.
  4. realizar ultrassonografia retal com biopsia.

O primeiro e único conceito que temos que ter em mente para respondermos essa questão é que o Ministério da Saúde e o INCA não orientam rastreamento do câncer de próstata (PSA e toque retal), pois não há benefício comprovado de tais práticas na sobrevida do paciente. Tais exames somente serão realizados nos pacientes sintomáticos.

Sendo assim, o paciente da questão não necessita realizar mais exame de PSA. Ou seja, a alternativa correta é a letra “B”.

Questão nº 41:

A figura a seguir apresenta a mortalidade proporcional por alguns grupos de causa no sexo masculino e em grupos etários selecionados.

Com base nos dados demonstrados nos gráficos, conclui-se que:

  1. as agressões e as causas externas de intenção indeterminada são responsáveis por pelo menos 50% dos óbitos ocorridos na faixa etária de 15 a 29 anos.
  2. na faixa etária dos 60 anos e mais, a mortalidade proporcional por doença isquêmica do coração é menor do que a faixa etária de 30 a 59 anos.
  3. as doenças respiratórias, na faixa etária de 60 anos e mais, causam mais óbitos do que as doenças do aparelho circulatório.
  4. atividades educativas visando reduzir o consumo excessivo de bebidas alcoólicas teria menor impacto nos indicadores de mortalidade relativos às faixas etárias de 15 a 59 anos que na faixa etária de 60 anos ou mais.

Questão de preventiva simples e direta.

Basta analisarmos os gráficos e as alternativas da questão que você chegará na resposta correta.

Alternativa correta é a letra “A”. 

Questão nº 47:

De acordo com a portaria n. 2.436, de 21 de setembro de 2017, que aprovou a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), é diretriz do SUS e da Rede de Atenção à Saúde a ser operacionalizada na Atenção Básica:

  1. regionalização.
  2. adaptação.
  3. integralidade.
  4. determinação.

Mais uma questão decoreba de preventiva.

A questão busca saber se você conhece as diretrizes organizacionais do SUS, que são elas:

Sendo assim, a alternativa correta é a letra “A”.

Dentre as alternativas você poderia se confundir com a alternativa “C”, pois é algo que você certamente já leu no conteúdo da atenção primária. A integralidade é um princípio doutrinário do SUS e atributo da atenção primária.

Questão nº 48:

Segundo a Política Nacional da Atenção Básica (2017), como atribuição comum a todos os membros das equipes que atuam na Atenção Primária em Saúde, inclusive ao médico, consta: “Realizar busca ativa de internações e atendimentos de urgência/emergência por causas sensíveis à Atenção Básica, a fim de estabelecer estratégias que ampliem a resolutividade e a longitudinalidade pelas equipes que atuam na Atenção Básica”.

Considerando as causas sensíveis e o perfil de mortalidade por causa da população brasileira, aquelas estratégias com maior impacto para a redução dessas causas de morte na população de 50 anos e mais são ações de:

  1. controle da hipertensão arterial e do diabetes mellitus.
  2. educação no trânsito e de denúncia e prevenção de violência.
  3. orientação aos trabalhadores, visando reduzir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
  4. rastreamento de câncer de mama e câncer de próstata.

Para respondermos essa questão temos que ter em mente qual a principal causa de morte no Brasil na população maior de 50 anos. Segundo o DATASUS, a principal causa de morte nesta faixa etária são doenças cardiovasculares, seguida por neoplasias, doenças respiratórias e eventos externos respectivamente.

Sendo assim, as estratégias com maior impacto para a redução da mortalidade nessa população é o controle da hipertensão arterial e do diabetes mellitus. Ou seja, a alternativa correta é a letra “A”.

Questão nº 60:

Numa Unidade Básica de Saúde, localizada em cidade de grande porte, são atendidos, no intervalo de 2 semanas, 3 casos de leptospirose em trabalhadores de limpeza e desentupimento de esgotos.

No que se refere à vigilância ambiental, são ações previstas pelo Ministério da Saúde durante a investigação dos casos e após identificação do local provável de infecção:

  1. antirratização; desratização; e informação, educação e comunicação em saúde.
  2. desratização; mutirão de limpeza; controle de comunicantes.
  3. informação, educação e comunicação em saúde; busca ativa de casos; vacinação de bloqueio.
  4. drenagem de coleções hídricas; sorologia nos comunicantes; quimioprofilaxia.

Questão difícil, pois exige conhecimento específico do manual de controle de roedores do Ministério de Saúde.

Ao observarmos esse manual, é possível ver as ações previstas para atuar em casos como este da questão, sendo eles:

Dessa forma, a alternativa correta é a letra “A”.

Questão nº 73:

Atuando como médico da equipe de Estratégia de Saúde da Família, durante a pandemia da COVID-19, e seguindo o “Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (COVID-19) na Atenção Primária à Saúde”, publicado pelo Ministério da Saúde, adotou-se o “Fast-Track para Síndrome Gripal”, sendo este um método derivado de protocolo de triagem em emergências.

Com relação a esse protocolo:

  1. o médico deve classificar a gravidade e verificar condições clínicas de risco que indicam encaminhamento do paciente para centro de referência/atenção especializada.
  2. deve ser adotado por Unidades Básicas de Saúde ou Unidades de Pronto Atendimento, que são referências para atendimento de sintomáticos respiratórios, com objetivo de avaliar indicação de internação em Unidade de Terapia Intensiva.
  3. ele substitui o protocolo de Manchester, devendo ser utilizado no acolhimento pelos profissionais de enfermagem, a fim de definir o acesso do paciente à Unidade Básica de Saúde ou seu encaminhamento para Unidade de Pronto Atendimento.
  4. trata-se de fluxograma de uso exclusivo de médicos e enfermeiros, visando a avaliar a gravidade do paciente, a indicação de isolamento com precaução de contato e a necessidade de encaminhamento para atenção hospitalar de referência.

O fast-track para síndrome gripal é um protocolo que tem como objetivo agilizar o atendimento dos pacientes cuja sintomatologia seja sugestiva de síndrome gripal/COVID-19, evitando o contágio dos demais pacientes da unidade de saúde. Tal protocolo inicia no momento da chegada do paciente.

Dito isso, vamos as alternativas:

A alternativa “A” está correta! Sim, o médico deverá classificar a gravidade e verificar condições clínicas de risco que indicam encaminhamento do paciente para centro de referência/atenção especializada.

A alternativa “B” está incorreta, uma vez que o protocolo fast-track não é utilizado para indicar internação na unidade de terapia intensiva.

As alternativas “C” e “D” estão incorretas, visto que o protocolo fast-track inicia desde a chegada do paciente na recepção, sendo realizada uma triagem, isolamento de possíveis pacientes contaminados e, somente aí, os enfermeiros e médicos atuarão no atendimento do paciente. Não é algo exclusivo dos enfermeiros e/ou médicos.

Questão nº 96:

No Brasil, a doença diarreica aguda é reconhecida como importante causa de morbimortalidade, mantendo relação direta com as precárias condições de vida e saúde dos indivíduos, em consequência da falta de saneamento básico, de desastres naturais (estiagem, seca e inundação) e da desnutrição crônica, entre outros fatores, de acordo com dados do Ministério da Saúde de 2019.

No sentido de melhorar o controle das doenças diarreicas agudas, o Ministério da Saúde orienta, como conduta relacionada à vigilância epidemiológica a ser adotada pela equipe de saúde da Unidade Básica de Saúde, a:

  1. monitorização, do tipo sentinela, das doenças diarreicas agudas.
  2. notificação compulsória semanal dos surtos de doença diarreica aguda apenas em crianças.
  3. notificação compulsória imediata de caso individual de doença diarreica aguda em criança.
  4. notificação compulsória dos casos isolados de doença diarreica aguda causada por água e/ou alimento.

Para respondermos essa questão você deve saber que as doenças diarreicas não são de notificação compulsória. Nesse caso, no sentido de melhorar o controle das doenças diarreicas agudas, o Ministério da Saúde orienta realizar uma monitorização, do tipo sentinela, de tais doenças.

Sendo assim, a alternativa correta é a letra “A”.

Questão nº 98:

Em 2006, foi implantada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS.

De acordo com essa política, é correto afirmar que:

  1. o seu campo de atuação envolve sistemas médicos simplificados com a utilização de recursos terapêuticos simples.
  2. estimula mecanismos naturais de tratamento de algumas doenças e recuperação da saúde com utilização de tecnologias frágeis e nem sempre seguras.
  3. limita o acesso à tecnologia de ponta e aumenta o número de atendimentos nas unidades, contribuindo para ampliar a resolubilidade do sistema.
  4. compartilha da visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado.

Para respondermos melhor a esta questão, vamos as alternativas:

A alternativa “A” está incorreta, uma vez que a PNPIC não utiliza apenas recursos terapêuticos simples.

A alternativa “B” está incorreta. Você acha mesmo que o Ministério da saúde iria criar uma política de práticas frágeis e nem sempre seguras? Claro que não!

A alternativa “C” está incorreta. Não há limitação de acesso na PNPIC. Lembre-se disso aluno Revalideii, o SUS é universal!

A alternativa “D” está correta! O PNPIC compartilha da visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *