Tempo de leitura: 4 minutos.

Os cistos epidérmicos, também conhecidos como sebáceos, são lesões frequentemente encontradas na prática clínica, principalmente nas regiões do couro cabeludo, pescoço e face.

  1. Introdução

Os cistos epidérmicos se caracterizam por uma lesão encapsulada, de crescimento lento, decorrente dos folículos pilossebáceos rompidos ou das glândulas lubrificantes associadas aos pelos ou outras estruturas cutâneas anexas. O conteúdo do mesmo é descrito como uma substância de coloração branco amarelada, de textura pastosa e, em alguns casos, o mal odor está relacionado ao conteúdo lipídico e sua decomposição por bactérias ai presentes.

Clinicamente, os cistos podem variar de tamanho, desde alguns milímetros até 5 cm de diâmetro, tendo uma consistência pastosa ou firme. Em geral, tais estruturas são móveis dentro da pele, contudo, existe situações aonde há tecido fibroso cicatricial circundante por um episódio prévio de inflamação e, nesses casos, o cisto passa a ter uma mobilidade reduzida.

O processo de exérese está indicado nos casos de lesão com achados clínicos compatíveis com cisto epidérmico. Entretanto, está contraindicado a sua realização nos casos de celulite local, distúrbios graves de coagulação e falha na tentativa de excisão mínima prévia da lesão específica.

A exérese do cisto epidérmico pode ser dividida didaticamente em 7 passos, sendo eles:

Dentre as possíveis complicações, podemos citar:

Instruir o paciente a lavar suavemente a área suturada todos os dias até a retirada dos pontos. Orientar o paciente a secar bem a área depois de lavá-la e usar uma quantidade pequena de pomada antibiótica para promover a cicatrização e evitar infecções. Instruir o paciente a não mexer, puxar ou cortar os pontos de sutura.

Os cistos epidérmicos simples que parecerem ter sido completamente excisados não costumam exigir nenhum seguimento, com exceção da remoção dos pontos de sutura. Se houver recidiva em uma data posterior, a excisão cirúrgica padrão deve ser tentada.

Domonkos AN, Arnold HL, Odom RB. Andrews’ Diseases of the Skin: Clinical Dermatology. 7th ed. Philadelphia: WB Saunders; 1982.

Farrer AK, Forman WM, Boike AM. Epidermal inclusion cysts following minimal incision surgery. J Am Podiatr Med Assoc. 1992;82(10):537–541.

Grocutt M, Fatah MF. Recurrent multiple epidermoid inclusion cysts following rhinoplasty—an unusual complication. J Laryngol Otol. 1989;103(12):1214–1216.

Kowand LM, Verhulst LA, Copeland CM, et al. Epidermal cyst of the breast. Can Med Assoc J. 1984;131(3): 217–219.

Leppard B, Bussey HJ. Epidermoid cysts, polyposis coli and Gardner’s syndrome. Br J Surg. 1975;62(5): 387–393.

Lopez-Rios F. Squamous cell carcinoma arising in a cutaneous epidermal cyst: case report and literature review. Am J Dermatopathol. 1999;21:174–177.

Nakamura M. Treating a sebaceous cyst: an incisional technique. Aesthetic Plast Surg. 2001;25:52–56.

Suliman MT. Excision of epidermoid (sebaceous) cyst: description of the operative technique. Plast Reconstr Surg. 2005;116(7):2042–2043.

Zuber TJ. Skin Biopsy, Excision and Repair Techniques. Kansas City: American Academy of Family Physicians; 1998:94–99.

2008 MAG Mutual Healthcare Solutions, Inc.’s Physicians’ Fee and Coding Guide. Duluth, Georgia. MAG Mutual Healthcare Solutions, Inc. 2007.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *